Sinopse:
A Batalha de Aljubarrota, ocorrida no dia 14 de Agosto de 1385, foi um marco histórico fundamental para a consolidação da periclitante soberania portuguesa. A História concedeu-lhe especial relevo como convinha à formação de um imaginário nacional. Mas a literatura também não ficou indiferente a essa espécie de glória pátria que importava recordar em momentos de crise ou de legitimação de determinadas ideologias. O presente ensaio estuda o aproveitamento que foi feito da batalha na literatura portuguesa, ao longo dos séculos, desde textos relativamente próximos do acontecimento até produções de finais de novecentos.
Sobre o autor:
Maria de Fátima Marinho nasceu no Porto a 5 de Fevereiro de 1954. Licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde lecciona Literatura Portuguesa Contemporânea, desde 1976.
Em 1987, doutorou-se com uma tese sobre o Surrealismo em Portugal. É hoje Professora Catedrática e Presidente do Conselho Científico. Da sua actividade como investigadora, salientam-se as seguintes obras: Herberto Helder, a Obra e o Homem, Lisboa, Arcádia, 1982; O Surrealismo em Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1987; A Poesia Portuguesa nos meados do Século XX – Rupturas e Continuidade, Lisboa, Caminho, 1989; O Romance Histórico em Portugal, Porto, Campo das Letras, 1999; História da Literatura Portuguesa – As correntes Contemporâneas, Vol. 7 ( dir. de, em colaboração com Óscar Lopes), Lisboa, Alfa, 2002; José Marmelo e Silva, Não Aceitei a Ortodoxia – Obra Completa (coordenação e prefácio), Porto, Campo das Letras, 2002; Literatura e História – Actas do Colóquio Internacional (organização), 2 vols., Porto, Faculdade de Letras do Porto, Departamento de Estudos Portugueses e Românicos, 2004; Um Poço sem Fundo – Novas Reflexões sobre Literatura e História, Porto, Campo das Letras, 2005. Tem ensaios publicados em inúmeros jornais e revistas e livros de actas.